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Revelações Imaginadas | Foto: Anderson Capuano |
Abertura ocorre nesta noite, sexta-feira (27), a partir das 19h30, e tem bate-papo dos artistas e curador do projeto com o público.
O
Bosque do Sesc Thermas de Presidente
Prudente torna-se uma galeria ao ar livre com o projeto ‘Entre Árvores’, que abre na sexta-feira
(27) a exposição ‘Revelações Imaginadas
– A Natureza de Uma Cidade’. Instalada até janeiro de 2020, versa sobre a
história de Presidente Prudente e as decisões que foram tomadas ao longo de sua
trajetória para que a cidade tenha hoje seu atual desenho e ocupação.
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Ilustração |
O
objetivo dos artistas Stela Barbieri, Gustavo Von Ha e Coletivo Bijari, sob a
curadoria de Fábio Delduque, é trazer à tona o assunto dos rios que correm
enterrados pela cidade e refletir sobre os rumos que a história poderia ter
tomado caso as decisões fossem outras.
“A
ideia é criar uma relação com o espaço, os espectadores e o tema, sem deixar de
lado a liberdade poética dos criadores em levantar provocações artísticas com
suas obras”, acrescenta o curador Fábio Delduque.
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Ilustração |
Por
meio de trabalhos lúdicos e didáticos, o público é levado a refletir sobre o
modelo de urbanização que vem se desenvolvendo ao longo dos anos e quais seriam
as alternativas possíveis para que a cidade convivesse harmoniosamente com a
sua natureza original.
O
artista prudentino Gustavo Von Ha apresenta a instalação “Arqueologia Proibida”, composta por campos arqueológicos fictícios.
A obra revela, através do olhar poético e também crítico de Von Ha, um pouco
mais da história da cidade pelo viés de um artista local que circula e expõe
suas obras em vários museus e galerias do mundo.
Para
Von Ha, participar do projeto representa uma oportunidade de se reconectar com
sua formação artística e histórica, a fim de abordar, sob outra perspectiva, as
narrativas que constroem a memória de Prudente e região. “A arte permite
debates e embates de forma mais intensa, relacionando ficção e realidade. Essa
ligação direta com a natureza reflete um lugar cheio de possibilidades”,
comenta.
“Como a Água Anda”, obra da artista Stela Barbieri, simula, no
bosque, um rio imaginário. É uma instalação lúdica, que permite que o público crie
o fluxo das águas, manipulando canais, comportas e caixas d’água cenográficas,
tornando-se parte integrante da obra e agente de transformações.
O
ColetivoBijaRi mostra uma grande instalação luminosa no bosque de eucaliptos do
Sesc, com sequências de luz inspiradas no movimento da água, e também dois
trabalhos integrantes do projeto “Natureza
Urbana”: “Carro Verde” e “Transcidade” são como praças e tem por suporte um
veículo abandonado e pneus velhos que são transformados em jardins simbólicos
ou trincheiras verdes por conta das plantas que brotam da lataria recortada do
carro e dos pneus, provocando a vertigem de uma outra cidade possível e
estimulando o uso do espaço público para contemplação da arte e também para o
lazer e a convivência.
“O
que chamamos de ‘ocupação subjetiva’ consiste na transformação de pensamento
das pessoas por meio de pequenas ações”, explica o Coletivo.
A
ideia é despertar reflexão e conexão, conforme a gerente do Sesc Thermas,
Fabíola Gaspar das Dores. “Ao realizar a exposição ‘Revelações Imaginadas – A
Natureza de uma Cidade’, o Sesc busca estimular no seu público a compreensão
sobre a história, a formação e uso do espaço urbano e também incentivar a
criação de vínculos afetivos com a cidade onde se vive”, descreve.
As
obras que compõem a exposição buscam a aproximação e interação com o público,
principalmente com as crianças, pois, segundo Fábio Delduque “a escolha da obra
cria uma empatia com as pessoas. Quanto mais interativa, maior é a aceitação”.
ABERTURA E BATE-PAPO
A
mostra reúne obras que, em contato com a natureza, ganham novos significados e
possibilitam diálogos. Na abertura da exposição, na sexta-feira (27), às 19h30,
os artistas, arquitetos e curador envolvidos no projeto conversam com o público
acerca do processo criativo. Também participa o arquiteto José Bueno, criador
do projeto ‘Rios e Ruas’. O bate-papo é gratuito e aberto a todos.
OFICINA
No
sábado (28), às 9h30, o arquiteto e urbanista José Bueno e o geógrafo Luiz de
Campos Junior, criadores do projeto Rios e Ruas, conduzem a oficina ‘Pelos Rios e Ruas da Cidade: Expedição’.
Com
inscrições gratuitas na Central de Atendimento, os participantes são provocados
a se engajarem nas questões socioambientais presentes no seu espaço de vida: a
cidade.
Através
da metodologia criada pelo projeto Rios e Ruas, o objetivo é estimular um olhar
profundo e multifacetado sobre a realidade de Presidente Prudente,
especialmente em relação aos rios e riachos da cidade. Após um bate-papo, os
participantes saem pelas ruas numa expedição em busca dos seus rios escondidos.
A classificação é 18 anos.
SERVIÇO
O
Sesc Thermas é aberto ao público e fica na Rua Alberto Peters, 111, no Jardim
das Rosas, em Presidente Prudente. O telefone para mais informações é o (18)
3226-0400 e a programação completa da unidade está disponível em
sescsp.org.br/prudente.
SOBRE OS ARTISTAS
Stela
Barbieri, artista plástica, consultora nas áreas de
educação e artes. Foi conselheira da Fundação Calouste Gulbenkian (2012-16),
curadora educacional da Bienal de Artes de São Paulo (2009-14) e diretora da
Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake (2002-13).
A artista tem uma intensa produção de instalações
interativas onde as pessoas se tornam parte integrante da obra e agentes de
transformações que modificam as obras. Um trabalho que tem uma forte intenção
educativa intrinsicamente associada à criação das instalações.
Gustavo
Von Ha, é
artista visual, nasceu em 1977, em Presidente Prudente, vive e trabalha em São
Paulo. Já expôs em diversos espaços no Brasil, como Museu de Arte Contemporânea
da USP e Museu Oscar Niemeyer, e em galerias pelo mundo, como em Berlim
(Alemanha), Tóquio (Japão), Paris (França) e Nova York (EUA).
A produção do artista prudentino desenvolve-se a
partir de diversos núcleos de obras que operam dentro e fora do sistema
artístico, atuando em várias plataformas de circulação de imagens como a
internet, as salas de cinema, as bibliotecas, o comércio ambulante e o espaço
público. Sua obra, estruturada em uma ação performática, encontra-se nos
limites entre a realidade e a ficção, o público e o privado, a produção autoral
e a indústria cultural.
Coletivo
BijaRi é, desde 2001, um centro de criação em artes
visuais e multimídia. Seu trabalho deriva de uma pesquisa constante situada na
convergência entre arte, design e tecnologia, permitindo imprimir novos olhares
e significados à comunicação em diferentes plataformas de atuação. Reúne um
grupo multidisciplinar de profissionais, composto por artistas, arquitetos,
cenógrafos, designers, diretores de vídeo e planejadores. Utilizam a potência
gerada por esta equipe para construir experiências estéticas que transformam a
relação entre pessoas, espaço e sociedade.
A ideia do Coletivo BijaRi é trazer para a cidade
uma instalação luminosa e um trabalho do projeto Natureza Urbana, que vem sendo
realizado desde 2007 com veículos abandonados nas ruas, transformados em
jardins simbólicos, trincheiras verdes que brotam da lataria recortada de carros,
assim como de caçambas e ônibus inutilizados, provocando a vertigem de uma
outra cidade possível e estimulando o uso do espaço público como espaço de
lazer e convivência.
AI
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