Don L faz show com convidados no Auditório Ibirapuera

Rapper apresentará álbum "Roteiro pra Aïnouz, Vol. 3" ao lado da banda, formada por Terra Preta (voz), DJ Roger e Guilherme Held (guitarra), e convidados especiais, como Diomedes Chinaski, Lay, Nego Gallo e Terra Preta.
FOTO | Larissa Zaidan
Espetáculo conta com cenário assinado por Camila Schmidt e desenho de luz da dupla Mirella Brandi & Muep Etmo.
 
16 de Março, Sexta, 21h

A apresentação conta com interpretação na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Don L - Autumn Sonnichsen
O rapper Don L lançou o álbum "Roteiro pra Aïnouz, Vol. 3" em 2017 e dando sequência aos shows de apresentação do disco mais recente e de destaque de sua carreira, chega ao palco do Auditório Ibirapuera - Oscar Niemeyer no dia de 16 de março, sexta-feira, às 21h. O músico faz show ao lado de sua banda, formada por Terra Preta (voz), DJ Roger e Guilherme Held (guitarra) e convidados especiais, como Diomedes Chinaski, Lay, Nego Gallo e Terra Preta.
Vindo de Fortaleza e radicado em São Paulo há quatro anos, o rapper Don L se firma, com o novo trabalho, como um dos mais inovadores, ousados e provocadores artistas do rap e da música brasileira atual. O espetáculo conta com cenário assinado por Camila Schmidt e desenho de luz da dupla Mirella Brandi & Muep Etmo, e promete levar ao público um contexto especial.

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 Mais sobre o álbum "Roteiro para Aïnouz, Vol.3":

Produzido por Don, juntamente com Deryck Cabrera (Emicida, Criolo, Rashid), a obra conta também com pós-produção e mixagem de Luiz Café. Com nove faixas, o volume inaugura uma trilogia reversa que conta a história da vinda do artista de Fortaleza para São Paulo e homenageia o cineasta Karim Aïnouz. A capa é novamente feia pelo artista gráfico Felipe Felippo com fotos da americana Autumn Sonnichsn. A direção artística é assinada por André Maleronka, editor-chefe da VICE Brasil.
Pelo que se escuta aqui, foi um percurso bruto, mas também terno e reflexivo, como prenunciava a já clássica mixtape “Caro Vapor: Vida e Veneno de Don L”, de 2013. “RPA3” ainda é o champanhe derramado misturado com sangue no chão, mas hoje a brisa marítima e as ruas que lhe deram seu primeiro flow, no Conjunto São Pedro, em Fortaleza, dão lugar a uma camada de fuligem que, pousada sobre a densidade de suas criações, faz a essência do rapper e produtor vibrar e soar de forma diferente.
FOTO | Larissa Zaidan

Entre estas cinzas de uma São Paulo depressiva, a mesma sede que ganhou projeção nacional com a mixtape "Dinheiro Sexo Drogas e Violência de Costa a Costa" (2007) pulsa em veias e artérias de leão, mas é o coração de gelo que determina a temperatura do brinde.
Esse é o cenário da terceira parte do roteiro autobiográfico que Don L constrói como um personagem que sai das telas de um filme do cineasta Karim Aïnouz. Conterrâneo do rapper, o diretor de obras como "O Céu de Suely" e "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo", que reside hoje em Berlim, também aborda temas como o êxodo e a sensação de descoberta e de não-pertencimento a um lugar.
O disco abre com a parageusia de “Eu Não te Amo”, onde o arranjo progressivo de ambições sinfônicas ganha camadas vocais com o apoio de Terra Preta e atinge um ápice de desilusão, para abrir caminho da participação angustiante de Diomedes Chinaski, seu protegido, um jovem rapper em ascensão vindo das periferias de Recife.
 O áudio do rapper Gato Preto, integrante do clássico grupo de rap A Família e amigo de Don que foi assassinado em 2016, no final da faixa, dá a dimensão das escolhas e de qual é a busca por aquela fé mencionada no início da jornada. É a liberdade do conhecimento adulto, por mais duro que isso possa ser. FOTO | Autumn Sonnichsen       
Como se o desconforto virasse alimento para raiva, a acelerada “Fazia Sentido” reflete raivosamente sobre o hip hop brasileiro, e desemboca numa negação do niilismo, procurando de novo o brilho de seus olhos jovens em “Aquela Fé”, já aclamada pelo público como um dos hits do disco. A terceira faixa tem beat de DJ Caíque e se apresenta dividida em duas partes, à primeira vista aparentemente distintas. O tema da desilusão adulta é destrinchado primeiro por Don, depois por Nego Gallo, seu parceiro dos tempos de Costa a Costa, em batidas diferentes. Ambiciosamente, a conclusão musical alinhava tudo: som, ideia, sentimento – afinal de contas, “uma frase muda o fim do filme”.   

Daí Don L grita eletrificado pelas ruas como Belchior, outro conterrâneo famoso, para buscar sua sanidade analógica num mundo tão digital - é "Cocaína", uma tour de force que se espraia amplamente pelas guitarras distorcidas de seu também conterrâneo Fernando Catatau (Cidadão Instigado). É uma improvável canção de amor, ou talvez apenas verse sobre o real poder libertador de se desligar numa época em que todos são todos dependentes da rapidez viciante das redes sociais. No interlúdio free-jazzístico que vem, "Cocainterlúdio", Don atua só e plenamente como produtor, alistando músicos que traduzem sua visão de caos, destruição e reconstrução. Ali brilha o saxofonista Thiago França (Metá Metá), acompanhado por Maurício Fleury (Bixiga 70) no teclado, bateria de Thomas Harres (Jards Macalé/Curumin) e baixos de Gustavo Portela e Maurício Coei. O som denso é o ponto de inflexão do disco.
O sexo vem em uma cama de sons sintéticos feita por Don e Deryck em cima de um beat de Sants, destaque da cena Bass e Future Beats no Brasil e um dos criadores do Beatwise Recordings. O diálogo entre Don e a rapper revelação Lay não vem sem uma tristeza  latente, como se fosse indissociável o hedonismo de suas causas e consequências. É uma ode sobre a entrega e também um hino anti-revenge porn ( também chamado no Brasil de "caiu na net") - sua sonoridade eletrônica não é uma coincidência. Ainda sobre causas e consequências, eletrônica e densidades, chega "Ferramentas", que conta com o mesmo time de produção da faixa anterior. 
Com a produção do carioca Luiz Café, considerado o melhor engenheiro de som em atividade no rap brasileiro, "Se Num For Demais" é formada por loops nas batidas e letras, um som circular, cíclico. É aceitar a queda, o rolê no inferno, e falar "OK, era só isso memo? Pode ficar com o troco". E parte pra uma nova reconstrução, uma redescoberta de si mesmo. Com batida do também carioca Leo Justi (Heavy Baile / M.I.A), "Laje das Ilusões" fecha o disco e traz renascimento das ilusões. É como um apanhado geral de imagens dos três volumes do RPA, em velocidade ultra-rápida, como as imagens de uma vida na mente de alguém passando por uma EQM (experiência de quase-morte). É o  momento de olhar pra trás e observa o quanto se andou, é sobre o tempo, e o quanto ele custa. A canção ganhou um clipe assinado pela fotógrafa Autumn Sonnichsen, que também é responsável pela foto da capa de "RP3".

Sob um céu de nuvens carregadas de informações, em meio a distrações de Youtube, colecionando cicatrizes, Don L carrega as marcas de um flow único e proprietário de um estilo sofisticado de composição. É um rapper intelectual que expõe insatisfações, triunfos e análises como quem escreve um ensaio assertivo, artístico e marginal sobre beats ora sinuosos e melancólicos, ora furios"os, como sua forma de cantar.
O show de RPA3 é um esforço coletivo de fugir das fórmulas convencionais dos shows de rap. A interpretação visual do disco vem em um cenário com estrutura de andaimes assinado por Camila Schmidt e design de luz da dupla Mirella Brandi & Muepetmo, e representa a desconstrução e construção propostas na obra. Idealização e roteiro por André Maleronka e Mateus Potumati.

Mais em:

SERVIÇO:

16 MAR 2018 | 21h
Don L
Show do álbum Roteiro pra Aïnouz, Vol. 3
duração: 90 minutos (aproximadamente)
ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada) - Valores atualizados em fevereiro de 2018.
classificação indicativa: 14 anos
A apresentação contará com interpretação na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
tel.: 3629-1075 ou info@auditorioibirapuera.com.br

Ingressos a venda nos canais da Ingresso Rápido e na bilheteria do Auditório Ibirapuera.
Horários da bilheteria:
Sextas-feiras e sábados, das 13h às 22h.
Domingos, das 13h às 20h.

Ingressos:                                                     
Sistema Ingresso Rápido, pelo site www.ingressorapido.com.br e pontos de venda espalhados por todo o Brasil. Telefone: 4003-1212.
Formas de Pagamento: American Express, Visa, MasterCard, Dinners Club, Aura, Hipercard, Elo, Vale Cultura Sodexo e Vale Cultura Ticket, todos os cartões de débito e dinheiro. Não aceita cheques.
O serviço de reservas pelo site do Auditório está suspenso temporariamente para adequação ao aumento da demanda e melhor atendimento ao usuário.
Meia Entrada:
- Estudantes: apresentar na entrada Carteira de Identidade Estudantil.
- Professores da Rede Estadual, Aposentados e Idosos acima de 60 anos: apresentar RG e comprovante.
- Menores de 12 anos, acompanhados pelos pais, têm direito a 50% de desconto do valor da inteira, quando Censura Livre.


Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer

Desde 2011, o Auditório Ibirapuera é gerido pelo Itaú Cultural, em parceria com a Prefeitura de São Paulo. O instituto e a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo renovaram o convênio de gestão, vigente até 31 de dezembro de 2019. O trabalho inclui a gestão da Escola do Auditório, voltada à formação de música para estudantes da rede pública de ensino da capital. Esta parceria público-privada de cultura e formação já impactou mais de um milhão e meio de espectadores.

Capacidade: 806 lugares
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Portão 2 do Parque Ibirapuera
(Entrada para carros pelo Portão 3)
Fone: 11.3629-1075
Ar-condicionado. Acesso a pessoas com deficiência. Proibido fumar no local.
Estacionamentos / Transporte:
Estacionamento do Parque Ibirapuera, sistema Zona Azul – R$ 5 por duas
horas. Dias úteis das 10h às 20h, sábados, domingos e feriados das 8h às 18h
Ônibus:
Linha 5154 – Terminal Sto Amaro / Estação da Luz
Linha 5630 – Terminal Grajaú / Metrô Bras
Linha 675N – Metrô Ana Rosa / Terminal Sto. Amaro
Linha 677A – Metrô Ana Rosa / Jardim Ângela
Linha 775C/10 – Jardim Maria Sampaio / Metrô Santa Cruz
Linha 775A/10 – Jd. Adalgiza / Metrô Vila Mariana
O Auditório Ibirapuera não possui estacionamento ou sistema de valet. O estacionamento do Parque Ibirapuera é Zona Azul e tem vagas limitadas. Sugerimos que venha de táxi ou transporte público.

Por: Assessoria de Imprensa

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